Kübler-Ross

Hoje estive lendo sobre o modelo desta simpática senhora de nome Elisabeth Kübler-Ross. Alguém ai já leu? Ela foi uma psiquiatra suiça que morreu a 10 anos e deixou um legado para o mundo: O Modelo de Kübler-Ross que descreve cinco estágios pelos quais uma pessoa passa ao lidar com a perda, desde o divórcio até a morte ou perda de uma pessoa amada: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Kübler-Ross afirmava em seus estudos que todas as pessoas passam por pelo menos dois estágios. Muito azar, meu né? Pois creio estar passando pelos cinco!

O primeiro estágio que enfrentei, foi o da negação. Sabia o que estava acontecendo, sabia o motivo pelo qual estava acontecendo, mas simplesmente não acreditava que isso era real, o que me jogou direto no segundo estágio: o da raiva! Este acho que foi um dos mais complicados, pois ela vinha misturada com o amor, a esperança e até mesmo com a negação...

Deste ponto eu pulei para o estágio três, o da depressão. Desisti de meus sonhos, projetos e só pensava em ir embora. Recomeçar em outro lugar como se isso fosse diminuir a minha dor. Me isolei dos amigos, parei de comer, de sair de casa. Me afundei em livros e filmes. E quando menos percebia, estava mais uma vez nos estágios um da negação e e da raiva... Percebe como todos estão ligados? Como no fundo não há como viver um sem estar junto ao outro?

E ai veio a barganha. Estágio onde me rebaixei, aceitei migalhas e tentei me convencer de que as coisas podiam ser diferentes se eu tentasse mais... Este estágio poderia também ser chamado de ilusão induzida... Mas foi o melhor de todos, pois foi graças a este estágio que comecei a sentir o último: O da aceitação! Onde percebi que não adiantava fazer nada, que não adiantava lutar por nada, pois não havia motivos para isso. Ele veio acompanhado dos quatro estágios anteriores e somados me fizeram perceber que me amar, me valorizar é o melhor caminho.

Não desisti de mudar a trajetória da minha vida. Não desisti de desistir. Mas até isso eu aceitei. Aceitei que talvez eu tente uma barganha, que talvez eu ainda tenha raiva, que ainda tenha a negação e aceitei que tudo isso vai passar e que vai ficar para trás enquanto minha vida vai seguir em frente!