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Mais um gole...

Hoje me levantei, preparei um café e ainda com cara amarrotada senti na porta pra sentir o clima... E ao meu lado sentou a solidão... Aquela vontade de estar ao lado das pessoas que amo, dos barulhos, de ouvir "um bom!". Mas a casa está vazia e os únicos sons que ouço são dos pássaros... Livres e felizes... E eu? Preso a tudo aquilo que permeia minha cabeça. Acendo um cigarro e abro o bloco de notas sem saber o que de fato escrever. Mais um gole no café, mais um trago. Uma leve olhada para o alto. Observo uma formiga solitária andando de um lado para o outro. Será que está perdida como eu nesta manhã? Ao longe ouço batidas de uma obra e o vento nas folhas das árvores. Mais sons se juntando em meus ouvidos. É... O mundo é lindo do lado de fora e caótico do outro lado. Mais um gole de café... O cigarro já se apagou e a formiga já se foi sei lá pra onde.

Café

Me levanto em silêncio. Ainda está cedo, e posso apreciar aquele friozinho gostoso do nascer do sol. E mesmo sozinho, com a casa vazia, cultivo o silêncio. Vou vagarosamente e cheio de preguiça para a cozinha preparar um belo café. Minha mente, quase sempre agitada, está calma, me permitindo controlar apenas a temperatura da água enquanto cavalgo pelo vazio existencial que me acompanha. Não me lembrava de como é boa esta sensação... De não pensar em nada específico, de apenas deixar a mente à deriva de si mesma, sem manter o foco ou sentimentos intensos por nada. Pronto! Café na xícara e o trajeto de volta para cama. Ainda tenho alguns minutos antes que o mundo caótico me alcance. Tomo meu café, olho para o relógio e penso: Só mais dez minutos...

Humanidade...

Às vezes, no caminho da jornada, Me vejo perdido em meio à confusão.. Busco ajuda na vida atribulada, Na busca por um raio de instrução. Nem sempre é fácil pedir auxílio, Orgulho e medo travam o meu passo. Mas sei que na fraqueza há um brilho, Quando permito que o outro seja o compasso. É humilde reconhecer a própria falta, Aceitar que sozinho não se vai longe. Na troca sincera, a alma se exalta, E a jornada se torna mais bela e forte. Assim, nas dificuldades do dia a dia, Aprendo que pedir ajuda é sabedoria.

Aquele tipo de gente

No sertão da vida, há um tipo de gente, Que só nos procura quando lhes convém. Como o vento que muda sem ter presente, Só aparecem quando algo lhes convém. Na cidade ou roça, lá estão eles, Pedindo favor como se fossem fiéis. Mas quando precisamos, cadê? Nem sequer vêm, Esses oportunistas, que a todo custo têm seus quereres. São como sombra, que some ao escurecer, Apenas surgem quando a luz lhes convém. Não são amigos, apenas sabem escolher O momento certo para pedir o que querem. Mas no cordel da vida, o que se planta se colhe, E quem só aparece quando precisa, só perde. Pois amigos verdadeiros, no coração se escolhe, E não são como esses que só aparecem quando oportune. Portanto, amigo, sejas sempre verdadeiro, Não sejas como esses que só nos querem no aperto. Pois no cordel da vida, o que vale é o parceiro, Que está presente em todo tempo, sem rodeio ou concerto.

Solitude (Cordel)

No rincão do silêncio, onde o eco é mudo,  Vive a solitude, num espaço desnudo. Um cordel vou narrar, sobre essa jornada, Pelos campos da alma, onde a paz é encontrada. No compasso do tempo, na solidão a vaguear, Encontro um refúgio, um lugar a habitar. Longe do tumulto, da pressa e do burburinho, Solitude é a companhia, num doce carinho. No silêncio do quarto, no sussurro do vento, Solitude me guia, num eterno lamento. É no encontro comigo, que me descubro inteiro, No silêncio da alma, sou meu próprio roteiro. Nas noites estreladas, sob o céu a brilhar, Solitude me ensina a me amar e a sonhar. É no vazio aparente, que encontro plenitude, Na simplicidade da vida, na quietude. Não é solidão triste, nem vazio de amor, É um encontro sagrado, com o próprio ardor. Na solitude encontro força, encontro verdade, É uma dança serena, numa eterna saudade. Assim termina este cordel, sobre solitude e paz, Um convite à contemplação, sem pressa, sem disfarçar. Pois na solidão encontramos, o nosso pró

Aceitar e recomeçar

No ciclo da vida, há sempre um recomeço, Um novo horizonte a se vislumbrar, Mesmo após cada tropeço e tropeço, A esperança nos faz novamente alçar. Os erros do passado não são grilhões, Mas lições que nos guiam pelo caminho, No recomeçar, encontramos os refrões Que ecoam em nosso ser com carinho. É a chance de escrever uma nova história, Deixar para trás o peso do pretérito, E em cada passo, encontrar a glória. No recomeço, encontramos o infinito, A força para seguir em frente, sem demora, E fazer do amanhã nosso rito. Que sejamos livres da nossa própria vontade, E que a felicidade seja nossa maior verdade, Pois só assim viveremos em plenitude e liberdade.