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Mostrando postagens de 2016

Pais precoces de nossos pais

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Talvez eu esteja sendo egoísta com o que vou escrever aqui. Na verdade, até acredito que estou sendo, mas é o que penso e no fundo é para isso que este blog serve. Colocar o que tenho pensado. Na minha humilde e teimosa opinião, o Ciclo da Vida nos dá conceitos básicos, intrínseco ao nosso DNA. Algo que vai muito além da frase célebre, muitas vezes creditada a Alan Kardec que nascemos, crescemos, nos reproduzimos e envelhecemos. (NAÎTRE, MOURIR, RENAÎTRE ENCORE ET PROGRESSER SANS CESSE TELLE EST LA LOI). Existem subfases nessa brincadeira... Muitas. E hoje vou tratar de uma: Pai e Filho / Filho e pai. Creio que os nossos maiores exemplos, que os seres com a maior responsabilidade pela nossa formação, por nosso caráter e por como seguiremos esse intervalo de tempo entre nascer e morrer são nossos pais. Nós, como aprendizes erramos, os decepcionamos, os magoamos... Não estou aqui afirmando que estamos certos ao fazermos isso, mas é algo mais aceitável, mais dentro do que aprend

Quando?

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Em qual esquina eu a deixei? Ou será que ela se foi sozinha? Em qual momento essa tal ledice deixou de me fazer companhia? Quando foi que eu perdi o prazer de estar cercado de pessoas? Em que situação o mundo parou de fazer sentido? Tento, tento muito, achar o caminho de volta. Mas sinto que a ponte que me liga a realidade não está mais de pé. Queria pelo menos que a minha necessidade de silêncio fosse respeita. Que minha falta  de paciência com o que é fútil e vazio fosse valorizada. Eu queria... Ah! Como queria amar loucamente, Sentir intensamente, Querer sem limites e entender que o limite é apenas um ponto de vista. Eu não era assim. Ninguém nasce assim. Mas é assim que sou. Um mundo cheio de vazios e um vazio cheio de mundos. Não sei lhe dar com a hipocrisia, Não consigo aceitar as intolerâncias que se camuflam com tantos nomes. Mas isso não é se intolerante? Não estou eu errado em um mundo de pessoas certas? Qual o sentido de tudo isso?

Engula teus preconceitos...

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Engula teus preconceitos, preconcepções, predefinições, prejulgamentos. Ter uma história não é pecado, não é falha, não é errado. Ter história é ter vivido, ter amado ter sofrido, ter errado e ter acertado. Cada um de nós carrega suas marcas, cada um conta suas histórias. Cada um caminha com teus próprios pés. Os mesmos pés que já pisaram em flores e em espinhos. Limite sua mente pequena ao teu mundo, ao teu pequeno mundo. Pois os grandes são aqueles que conseguem ver a beleza aquilo que vai muito além de suas convicções. A hipocrisia que existe por trás das palavras é assustador. Pessoas que se escondem por detrás de ideologias vás, religiões. Pessoas que se acham no direito de definir o que é normal, utilizando para isso a anormalidade de sua pequenez. Vivemos em uma sociedade multi. Multirracial, multissexual e tantos outros "multi"s. Mas com uma população, em sua maioria, unilateral. Vivemos em uma diversidade tão grande, uma miscigenação tão tremenda e

A dádiva de envelhecer

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Minha mãe e meu irmão sempre diz que a melhor coisa da vida é envelhecer. A gente se torna mais esperto, mais calmo e aprende a observar. E é bem assim que as coisas são. Sempre me achei o esperto, sempre tive atração pelo poder, sempre quis ser o dono da razão, das atitudes, da palavra final... E o que eu consegui com isso? Bem... Acho que vários sentimentos de frustração. Eu era cabeça dura demais! Meu Deus, como eu era! E talvez eu ainda seja um pouco. Mas aprendi a ouvir o silêncio e a fazer dele um grande aliado. Quantas relações eu estraguei, quantas pessoas já prejudiquei por fazer com que elas se arriscassem em sonhos que não levariam em lugar nenhum. Por fazer com que elas sonhassem sonhos que nem eram delas. Quantas vezes abri mão da felicidade em busca de mostrar que eu era o tal. Quantas vezes me deixei enganar só para me sentir superior! Foram muitas e muitas vezes. E neste caminho só perdi. Perdi amores, amizades, respeito. Traí confianças. Esnobei... E o pouco - q

Que venha

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Que a vida nos reserve o que tem de melhor. Independente do mérito que tenhamos, que ela nos faça muito bem. Pois há de concordar comigo, que este passeio é breve demais para nos mantermos amargurados sempre! Que tenhamos os melhores sorrisos, pois é preciso mostrar os dentes, dar gargalhadas tão altas que aquele lado negro que existe em cada um de nós se torne, por alguns instantes, luz. Que o gosto das lágrimas mais amargas que saírem de nossos olhos toquem nossa boca, pois assim como a água carrega a sujeira pelos caminhos por onde passa, as lágrimas levam consigo as amarguras que nosso coração não suporta mais carregar. Mas que a gente sinta também o sabor doce das lagrimas da alegria, pois essas sim, saem direito da fonte mais límpida que temos: o coração. Que durante a vida possamos experimentar grandes amores, grandes amantes, grandes desejos. Não é justo passar por essa terra sem provar seus encantos, arranjos, encontros e desencontros. Que cruzem nossos caminhos

Nostalgia

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Tem dia que bate uma nostalgia gostosa, né? Ai vamos dar aquela vasculhada nos papeis que a tempos estão acumulando poeira sobre o guarda roupas, ler e-mails antigos,  ou vasculhar nossas redes sociais... Épocas a muito esquecidas, desvalorizadas, com pessoas outrora tão amadas e hoje apenas mais uma na multidão. Momentos de risos, choros, cumplicidades, traições. Lembranças e mais lembranças... Já notou que uma lembrança boa nunca vem sozinha? Ela sempre está de mãos dadas com aquelas que a muito enterramos lá no fundo da alma fingindo não nos perturbar mais. E a nostalgia de tudo aquilo que simplesmente não vivemos! Ah! Essas são com certeza as melhores de todas. A gente sempre faz aquela retrospectiva do que poderia ter sido, de como poderia ter sido e de como isso influenciaria nossas vidas hoje. O mais legal de tudo isso é que de todas as histórias que lembramos, raríssimas são as que sabemos o momento exato que terminaram. Quando foi mesmo que essa turma se separou

Quantas vidas...

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Dizem que só temos uma vida... Será? Quantas vidas já vivi? Quantas lágrimas já chorei que não molharam o meu rosto e mesmo assim pingaram no chão. Quantas dores já senti que não estavam em mim... Não... Não temos uma só vida. Não se viveria tão intensos momentos com tão pouco! Somos fragmentos de várias vidas, que somadas não cabem no mundo de uma só. Em tantas vidas já nasci, mas em poucas cheguei a caminhar antes de simplesmente morrer. Mas que graça é esse mundo! Que graça é respirar com outros pulmões... Em finitas vidas eu vivo, e infinitas são as que vivem em mim. Em quantas vidas ei de passar? E quanta outras viverão em mim? É uma matemática complexa demais para meros mortais... Mas eu sei, que de quantas vidas eu tiver, de todas viverei E que as vidas que habitam em mim, eternizam-se um segundo por vez.

Não há de que reclamar afinal!

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Não acho que eu vá muito longe, sabe? Na verdade tenho quase certeza que meus planos jamais  sairão do papel. Mas não me sinto triste com isso. Uma pequena dose de frustração, talvez. Sou do tipo de cara que consigo rir ao ver fotos de pessoas com quem não tenho mais nenhum contato por recordar quando éramos unha e carne. Consigo me alegrar com as conquistas das pessoas que um dia passaram por minha vida sem que elas saibam. Putz! Já vivi cada história que daria um livro. Embriago-me de lembranças, me consumo em nostalgia. Sorrio dos momentos mais idiotas que já vivi e até me pergunto onde está fulano ou sicrano. Já coloquei uma galera em enrascadas com meus sonhos loucos. Nussa! Deve ter muita gente ai com histórias nossas para contar. Sempre fui assim. Entro na vida das pessoas como quem não quer nada, deixo uma lembrança e depois, assim como o tempo, parto. Não sou o melhor amigo do mundo, não sou o melhor pai do mundo, nem de longe o melhor filho do mundo. Mas sou o mund

Quando...

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É quando vem aquela dor que só eu sinto, Aquela dor que só eu entendo, É que eu quero gritar sem que ninguém me ouça. É quando eu procuro uma companhia que se faça presente no silêncio que preciso. É quando as feridas cicatrizadas resolvem sangrar, Que meu mundo se desfaz. Como um pesadelo que insiste em se repetir, Para que eu não me esqueça que a fortaleza em mim é feita de papel de pão. Olho em todas as direções procurando um porto, Mesmo sabendo que me encontro em pleno mar aberto. Procuro um pedaço de chão enquanto despenco em queda livre, Anseio por ar enquanto a pressão do nada me mostra que estou sozinho. A dor que o tempo insiste em manter, A lembrança que a mente insiste em carregar, O vazio que o coração insiste em não deixar preencher, A certeza que a incerteza me trás. As palavras continuam companheiras. Mesmo sem nexo, não se preocupando em demonstrar sentido a nada que através delas se  traduz. Mesmo sem serem conselheiras,

Ilusão

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Sinto falta de tudo aquilo que nunca fomos. Nostalgia de tudo aquilo que nunca vivemos. Carrego em mim alvitres de momentos que jamais existiram e meu peito se sobrecarrega de um anseio louco por uma pessoa que nunca existiu. Recordo-me de todas as falsas juras de amor e convivo com o vazio que em algum momento, por um breve e eterno momento, foi completamente preenchido por toda essa ilusão que foi criada em mim, por mim. Sou apaixonado por um ser que só eu enxerguei! Ah, quem me dera fechar os olhos e acordar no momento em que não te inventei. Mas ao contrário, eu te arquiteto, te reinvento, te apago e te rascunho novamente e exatamente igual a primeira vez. Como pode o coração se enganar assim? Ver o sol onde a noite perdura, vislumbrar doçura onde só houve amargura. Como pode viver em um pesadelo tão eterno, sabendo da verdade e não conseguir despertar? E nessa tortura de viver a verdade, buscando provar que foi autêntico, o tempo insiste em não passa. Parece preferir