Não há de que reclamar afinal!
Não
acho que eu vá muito longe, sabe? Na verdade tenho quase certeza que meus
planos jamais sairão do papel. Mas não
me sinto triste com isso. Uma pequena dose de frustração, talvez.
Sou
do tipo de cara que consigo rir ao ver fotos de pessoas com quem não tenho mais
nenhum contato por recordar quando éramos unha e carne. Consigo me alegrar com
as conquistas das pessoas que um dia passaram por minha vida sem que elas
saibam.
Putz!
Já vivi cada história que daria um livro. Embriago-me de lembranças, me consumo
em nostalgia. Sorrio dos momentos mais idiotas que já vivi e até me pergunto
onde está fulano ou sicrano.
Já
coloquei uma galera em enrascadas com meus sonhos loucos. Nussa! Deve ter muita
gente ai com histórias nossas para contar.
Sempre
fui assim. Entro na vida das pessoas como quem não quer nada, deixo uma
lembrança e depois, assim como o tempo, parto.
Não
sou o melhor amigo do mundo, não sou o melhor pai do mundo, nem de longe o
melhor filho do mundo. Mas sou o mundo! Existe em mim tanta coisa... Tanta
coisa que se perderá no tempo assim como eu...
Poderia
ter feito mais? Quem sabe!
Poderia
ter parado na hora certa? Talvez!
Quem
há de saber? O que sei, é que no meio de tantas histórias, ora tristes, ora
felizes, não tenho na verdade do que reclamar.
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