Quando...
É quando vem aquela dor que só eu
sinto,
É que eu quero gritar sem que
ninguém me ouça.
É quando eu procuro uma companhia
que se faça presente no silêncio que preciso.
É quando as feridas cicatrizadas
resolvem sangrar,
Que meu mundo se desfaz.
Como um pesadelo que insiste em
se repetir,
Para que eu não me esqueça que a
fortaleza em mim é feita de papel de pão.
Olho em todas as direções
procurando um porto,
Mesmo sabendo que me encontro em
pleno mar aberto.
Procuro um pedaço de chão
enquanto despenco em queda livre,
Anseio por ar enquanto a pressão
do nada me mostra que estou sozinho.
A dor que o tempo insiste em
manter,
A lembrança que a mente insiste
em carregar,
O vazio que o coração insiste em
não deixar preencher,
A certeza que a incerteza me
trás.
As palavras continuam
companheiras.
Mesmo sem nexo, não se
preocupando em demonstrar sentido a nada que através delas se traduz.
Mesmo sem serem conselheiras,
Mesmo sendo apenas palavras...
Comentários