Quando?
Em qual esquina eu a deixei? Ou será que ela se foi sozinha?
Em qual momento essa tal ledice deixou de me fazer
companhia?
Quando foi que eu perdi o prazer de estar cercado de
pessoas?
Em que situação o mundo parou de fazer sentido?
Tento, tento muito, achar o caminho de volta.
Mas sinto que a ponte que me liga a realidade não está mais
de pé.
Queria pelo menos que a minha necessidade de silêncio fosse
respeita.
Que minha falta de
paciência com o que é fútil e vazio fosse valorizada.
Eu queria...
Ah! Como queria amar loucamente,
Sentir intensamente,
Querer sem limites e entender que o limite é apenas um ponto
de vista.
Eu não era assim. Ninguém nasce assim. Mas é assim que sou.
Um mundo cheio de vazios e um vazio cheio de mundos.
Não sei lhe dar com a hipocrisia,
Não consigo aceitar as intolerâncias que se camuflam com
tantos nomes.
Mas isso não é se intolerante? Não estou eu errado em um
mundo de pessoas certas?
Qual o sentido de tudo isso? Qual o sentido de nada disso?
Eu só queria querer algo diferente do que tudo o que hoje eu
quero.
Sentir a fonte surgir de mim e se tornar um rio de qualquer
coisa.
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