Que confusão, Vey!

     Minha alma grita, clama. Mas ninguém consegue ouvir o grito do meu silêncio no chão dessa jaula.
     Não faço ideia do que estou sentindo, não sei expressar o que meu coração tanto tenta me dizer.
     Sinto meu peito apertado, algo não está bem aqui dentro, mas eu sou ignorante demais para entender.
     Não é saudade, não é amor, não é tristeza, não é nenhum sentimento catalogado em mim... Fica difícil até mesmo descrever tamanha confusão!
     O tempo que sempre foi meu amigo, desta vez não está fazendo seu papel e este misterioso sentimento só cresce, cresce e cresce.
     Quero colo, quero choro, quero silêncio, quero a paz que sempre busquei e encontrei tantas e tantas vezes em meio à tormenta.
Tento conversar comigo, fico em silêncio, mas não ouço nada.
     E antes que pense que pode ser uma crise, ou algo do tipo, te afirmo: Não! Não está tudo um caus, pelo contrário. Cada passo tem sido pensado, repensado e dado vagarosamente. Sei o futuro que me espera, tenho meus projetos pessoais e profissionais bem definidos. Sei o que depende ou não de mim e mesmo assim, mesmo com a vida anotada em uma caderneta imaginária, ele não para de crescer aqui dentro.
     Talvez eu esteja simplesmente ficando louco... Quem sabe? Ninguém nunca me descreveu com exatidão a loucura, nem meus livros, folheados variam e várias vezes. Nem os mestres que passaram pela minha vida. Nem a própria vida!
     Mas a loucura não está na mente? Ai, voltamos ao começo... Meu coração grita, mas ninguém, nem mesmo eu, sou capaz de ouvir.
     Sou acostumado a controlar meus sentimentos. A vida me fez aprender a racionalizar ao máximo tudo o que acontece. Cada sentimento no seu quadrado. Cada um com a intensidade que eu permito. Mas como racionalizar aquilo que não sou capaz de ver, tocar ou ouvir?... Como racionalizar um sentimento que não se mostra?
     Meu peito grita, clama e eu sou incapaz de fazer qualquer coisa a não ser sentir o que ele esta sentindo, mesmo sem entender...

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