A verdadeira condenação é nossa



A condenação de Bolsonaro diz muito mais sobre nós, enquanto sociedade, do que sobre ele. Em menos de uma década, temos dois presidentes presos, e ainda assim a reação coletiva se resume a comemoração do “lado A” ou do “lado B”.
Não se trata de política, nem de um país melhor. Trata-se de idolatria. De uma ilusão de que um brasileiro precisa odiar o outro para validar sua própria visão de mundo. Um lado não presta porque endeusa o outro, e vice-versa.
Nossos representantes, que deveriam unir, alimentam o ódio com discursos vazios de paz e de conciliação. E nós, cegos pela polarização, seguimos divididos como irmãos em guerra, incapazes de enxergar que o verdadeiro problema não está apenas neles, mas em nós mesmos.

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