300 e tantos dias

Que ano!
Tudo tão imprevisível!
Até o meio do ano minha vida estava caminhando calmamente. Depressão sobre controle, terapia em dia, sem paixões, sem problemas financeiros ou profissionais. Tudo indicava que seria um ano praticamente perfeito em comparação aos anteriores.

Mas aí o jacu resolve abrir a guarda e se esquece que perfeição não existe, permitindo que vários abismos se abrissem debaixo dos meus pés.

O passado tentou me assombrar, ao tentar ser um profissional não convencional perdi um emprego, a depressão voltou a bater em minha porta e o pior: me permiti apaixonar, acreditando que desta vez daria certo.
Lindo trouxa... Este sou eu!

Ano acabando... Férias do trabalho, paixões frustradas e um mestrado que precisa de toda minha atenção e minha cabeça em 1000 lugares e ao mesmo tempo em lugar nenhum.

Cercado de incertezas, cheio de problemas para pensar e tentar achar uma luz no fundo das crateras que eu permiti que surgissem em meu caminho.

Comecei o ano sozinho, passei pelo estágio de achar que não estava mais sozinho e término o ano apenas com minhas lamentações.

Tudo foi ruim? Claro que não! Como sempre vejo coisas boas na maioria das coisas... Depois de anos, descobri ser capaz de amar. Fui honrado em ser padrinho de todos os meus alunos dos terceiros anos, minhas filhas continuam ótimas! E o melhor, não abri a porta para depressão voltar.

Mas é isso, né? Uma montanha russa! Vivendo uma semana de cada vez e agora, 100% sozinho. Mais um momento de fortalecimento, de reflexão e batalha.

Bobo fui eu de achar que teria um ano diferente. Sempre foi assim. Uma luta louca... Mas vivi... Amei, odiei, batalhei, venci, perdi... Tirando o que me aflige, estou orgulhoso de mim, sabe, dentro do possível!

Vi do que sou capaz, vi que ainda sou humano.
Saldo positivo? Acho que depende a área. Mas negativo, com certeza não tenho nenhum. No máximo um 0x0.

E isso me trás a certeza que vencerei mais está etapa. Como? Não sabemos! Rs

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