E assim o amor pôs-se a caminhar...
E eis que o amor se feriu e
desistiu de tentar. Reconheceu seus limites e pôs-se a caminhar com a
determinação de que não valeria olhar para casa, buscar o que já não existia.
Eis que o amor
percebeu que não era mais bem vindo e aceitou! Chorando se convenceu que
perdeu. Entendeu que seu mundo não era mais seu e pôs-se a caminhar. Mas não
vazio e amargurado, mas cheio de esperança de que dias melhores viram e que um novo
lar iria encontrar.
Eis que o amor
sorriu pela última vez, deu seu último beijo e mostrou o derradeiro brilho no
olhar! A batalha estava perdida e ele estava novamente só. Pensava se nasceu
para morrer ou para ficar perambulando pelo mundo buscando explicações.
Eis que o amor
teve medo! Medo de não achar o que procura, de caminhar sem nunca chegar. Mas
mesmo assim o amor quis peregrinar. Sabia que era chegada a hora de seguir em
frente e apenas esperar em Deus a hora de parar. Levou consigo as boas
lembranças e os aprendizados de seus erros.
E neste
momento, em meio a tanto sofrimento, eis que o amor percebeu o quanto era puro,
sincero e verdadeiro. Reconheceu seu valor e passou a buscar quem o valorizava.
Eis que o amor
chorou suas lágrimas finais. Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação...
Ele tinha finalmente passado pelas cinco fases da perda. E assim o amor pôs-se
a caminhar, mesmo sabendo onde era seu lugar... Um passo de cada vez, com a
esperança que o último iria doer menos que o anterior.
Comentários