As cores que o cinza revela.



Em dias nublados, eu vejo cor no mundo,
não como um escape, mas como um destino.
Há um peso no cinza que me faz lembrar
que a beleza, às vezes, repousa na sombra.

O silêncio do céu anuncia verdades
que o sol, em sua glória, jamais ousaria.
O chão úmido respira, e o ar, mais denso,
traz a gravidade que equilibra a alma.

Não é fuga, é escolha.
Escolho ver o contraste,
o detalhe esquecido,
o brilho sutil na borda da tempestade.

A vida não espera que o dia clareie;
ela pulsa mesmo no escuro,
nas nuances que poucos olham.
E assim, quando o mundo se apaga,
eu pinto com o que carrego por dentro.


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