Fortalezas de pedra e silêncio.
São montanhas que erguem-se sozinhas,
picos de pedra, duras na face do vento.
Crescem, acreditam-se imbatíveis,
esculpidas pela força de suas próprias tempestades.
Cada rocha, um peso carregado em silêncio,
cicatrizes disfarçadas entre vales profundos,
e, no eco do vazio, negam qualquer mão estendida,
pois crêem que a grandeza é forjada na solidão.
Mas mesmo a montanha sente a chuva,
mesmo o aço racha sob o calor do sol.
E a terra que não aceita o toque das raízes
seca, frágil, parte-se ao menor tremor.
Há força na pedra que se abre ao musgo,
na montanha que abraça o rio e a neblina.
Aqueles que recusam a mão que os alcança
esquecem que até o céu compartilha suas nuvens.
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