Educação. A aprovação de faz de conta
O professor hoje é pressionado de forma absurda a aprovar. Não importa se o aluno não tentou, não se esforçou, não aprendeu o mínimo necessário. A ordem é clara: passe de qualquer jeito. E se não der, finja que deu. A família cobra, a instituição empurra, a sociedade aplaude. Afinal, pra que exigir compromisso? Agora imagine esse mesmo raciocínio em outras profissões. Um engenheiro ergue um prédio sem cálculo, sem estrutura — se cair, paciência, o importante é ter tentado. Um advogado faz uma defesa pela metade — se um inocente for condenado ou um criminoso escapar, tudo bem, ele fez “o possível”. Um médico olha o paciente por cima, receita qualquer coisa e diz que investigar demais é exagero. Um dentista, diante de uma cárie, simplesmente arranca o dente inteiro. Um psicólogo escuta cinco minutos, dá um conselho de revista e encerra a sessão. Um pedreiro assenta meia dúzia de tijolos e deixa o resto no chão, porque também não pode se desgastar. Uma manicure lixa só metade da unha e di...