Eu sou meu abismo.


Quantas quedas mais o corpo aguenta?
Quantos saltos no escuro a alma ainda suporta?
Quantas decepções o coração ainda tolera?
Quantas vezes ainda ei de me fazer tais perguntas?
Não sei mais se tudo isso é uma doença mental ou um simples karma. Talvez algumas pessoas nasceram para viver pequenos vislimbres de felicidade e uma eternidade de escuridão.
É como se as coisas boas fossem um palito de fósforo e as sóbrias uma estrela.
Já não sei onde termino e onde começam meus pensamentos. Mas algo me diz que somos um... Um conjunto de vazio em meio a um deserto em tempestade de poeira.
Se meu peito fosse a galáxia, meu coração seria Júpiter, com seus furações e tempestades. O planeta mais lindo do sistema solar e o mais mortífero.
Minha alma seria Sagitarius A. Nosso lindo buraco negro adormecido que engole toda a luz que se atreva a cruzar seu caminho mantendo a escuridão silenciosa e fria.
Mas sou apenas uma carcaça, com prazo de validade. Que insiste em se manter firme, forte e guerreira. Que se nega a desistir, a fracassar, mesmo sabendo que o fardo é grande demais e insuportavelmente pesado.
Enquanto o cronômetro da vida não zera, lutamos, pois os grandes guerreiros não morrem nas sombras e sim nos campos de batalha.

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